É deveras interessante chegar à conclusão de que cada palavra tem os mais variados significados dependendo da orientação que lhes queremos dar; a título de exemplo: Geomorfologia. Assisti, em tempos idos, à tese de doutoramento do Prof. Rochette em que o tema versado era, em traços gerais, a Geomorfologia. Falava com todo o propósito te factos palpáveis, mensuráveis, datações, aspectos físicos do mundo que nos rodeia, da forma física das coisas e os seus porquês. A crítica maior que lhe apontaram foi se referir a periodos longos da história como "momentos".
Muito antes disso, já eu estudava Geografia, tive a estrondosa oportunidade de participar numa tertúlia com o Dr. Juan Sfeir-Yunis, Chileno, Geógrafo, Economista, adido das Nações Unidas, mas tão desprendido das questões materiais que me abriu a mente para uma realidade menos óbvia do que a que estava familiarizado, encarando a Geomorfologia como um resultado não apenas físico da acção natural do planeta, mas também minuciosamente conectada aos agentes imateriais do quotidiano.
Talvez tenha sido devido a este confronto abismal de ideias sobre o mesmo tema que me despertou para a factual presença da ambiguídade em que vivemos; disfrutamos de momentos repetidos, efémeros ou perenes, mas sempre significativos, que nos moldam a alma e nos constroem o espírito. Cada momento tráz sabedoria empírica, cada traço passado representa uma conquista privada, cada tempo vivido ostenta um conhecimento válido...
Orgulho-me de sentir que com todos os momentos aprendi e continuo em formação. Se nunca errar é porque não o vejo, logo abdico de crescer.
Olhar, não é ver, e perceber isso é reinar em terra de estúpidos.
Muito antes disso, já eu estudava Geografia, tive a estrondosa oportunidade de participar numa tertúlia com o Dr. Juan Sfeir-Yunis, Chileno, Geógrafo, Economista, adido das Nações Unidas, mas tão desprendido das questões materiais que me abriu a mente para uma realidade menos óbvia do que a que estava familiarizado, encarando a Geomorfologia como um resultado não apenas físico da acção natural do planeta, mas também minuciosamente conectada aos agentes imateriais do quotidiano.
Talvez tenha sido devido a este confronto abismal de ideias sobre o mesmo tema que me despertou para a factual presença da ambiguídade em que vivemos; disfrutamos de momentos repetidos, efémeros ou perenes, mas sempre significativos, que nos moldam a alma e nos constroem o espírito. Cada momento tráz sabedoria empírica, cada traço passado representa uma conquista privada, cada tempo vivido ostenta um conhecimento válido...
Orgulho-me de sentir que com todos os momentos aprendi e continuo em formação. Se nunca errar é porque não o vejo, logo abdico de crescer.
Olhar, não é ver, e perceber isso é reinar em terra de estúpidos.
Sem comentários:
Enviar um comentário