sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Coimbra

Coimbra deixou de ser
aquela cidade onde me apaixonei.
É agora um antro de felicidade
onde me encontro todos os dias
com a minha paixão.
É o lento e maravilhoso subir do pano
de uma linda peça,
de um épico romance,
de um capítulo de história inacabada
e límpida de utopia.
Coimbra é um palco,
cheio de luzes e actores
que não representam, mas vivem,
e vivem em júbilo como eu.
Coimbra é agora a cidade
onde vejo o arco-íris de noite
enquanto venero a Lua e as estrelas.
Coimbra é a cidade onde vivo apaixonado
por quem em Coimbra me apaixonei.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Há um astro em mim que vagueia
não tem órbita definida, parece louco
ora sorve o meu breu, ora dá-me luz
Não é estrela, não é cadente
não é meteoro nem planeta cintilante
Desliza na minha face oculta
cresce de energia entrópica
implode, suavemente
anda no meu sistema, errante