terça-feira, 26 de julho de 2011

Se me estiveres a ouvir,
escuta-me.
Percebe o que digo,
o que sinto
e faz-me a vontade.
Se me fizeres esperar,
eu espero.
Aguardo sereno
a tua compreensão,
a tua aceitação.
Se me levares hoje,
eu vou,
sem sequer saber o destino.
Se pensares em mim,
pensa no futuro
e no que me pode dar...

Meu ego,
se me estiveres a ouvir,
escuta-me...
e faz-me a vontade...

sábado, 16 de julho de 2011

Não importa falar
se não formos ouvidos
Não importa escrever
se ninguém nos lê
Não importa sentir
se ninguém o sente

É a reciprocidade volátil
que completa a mensagem
e vaporiza o momento
numa nuvem cognitiva

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Sinto, pela primeira vez,
a pequenez que nos caracteriza.
Não como um malogrado fado,
mas como o chegado consumar de um facto.
Não nos bastamos,
nunca estamos saciados de companhia,
de conhecimento,
de materiais,
de ideias,
de nós... dos outros...
O regozijo reside aqui,
em tomar consciência
de que sentirmo-nos parte
de algo ou de um todo
é maior que qualquer alimento,
qualquer substância,
qualquer alter-ego...

Cada célula dá vida ao corpo,
cada corpo procura outro,
cada outro dá vida ao mundo...