segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

antologia do desânimo

Voz de arrasto terno,
tom pausado e desafinado,
palavras parcas e repetidas
e cansadas e desanimadas.
Enfermo ponto de olhar,
vago, perdido, insolente,
lágrima seca de tempo gasto
e investido e dormente.

Conhecido o dom modesto
espera-se um lume aceso.
Não brando que não consuma,
nem ócio do meu ânimo
na antologia do displicente desânimo...

2 comentários:

Anónimo disse...

Esperança

Tantas formas revestes, e nenhuma
Me satisfaz!
Vens às vezes no amor, e quase te acredito.
Mas todo o amor é um grito
Desesperado
Que apenas ouve o eco...
Peco
Por absurdo humano:
Quero não sei que cálice profano
Cheio de um vinho herético e sagrado.

Miguel Torga

dawn2dusk disse...

obrigado Miguel Torga pelo teu comentário... se tiveres um blog onde eu possa disfrutar da tua escrita, terei todo o prazer de o consultar e deixar os meus comentários...
Um abraço...
:D