converso com a certeza
de que o certo e o incerto
se juntam numa dança
de novena paladina
ouço palavras à minha volta
conversas soltas e pegadas
mas não escuto discursos
voláteis nem emergentes
peço e esqueço virtudes
relembro dobras lisas
e recordadas no redobrado
prazer de quem se perde
ao encontro de um torto
e fugaz carácter
planeio um pleno nada
desconcertante e fusco
brilhante como ontem
encontrei alguém
deixado ao acaso
projectando entropia
num organizado caos
filosoficamente falando
mantenho-me calado
na sonoridade épica
de uma selva orquestrada
disponho de uma disponibilidade
mórbida de sofrimento
àspero e inteligente
à volta de um passo quente
passo a voltar ao calor
da simbiose cíclica e cintilante
por entre o véu
espreita o breu
que resta do descanso merecido
feita a guerra branca
em paz perdida
pausa a sorte em causa justa
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
metafóricamente falando
do efémero género ético
indubitavelmente vago
concluo que etéreamente
navegando em plumas quentes
e folhas brancas sujas
o destino a que me proponho
não me foge nem me acompanha
nem me procura
apenas se mantém estávelmente
distante, mas alcançável
dificil, mas atingível
impugnávelmente atroz
na hora do concreto sabor
e do paladar da vitoria
do efémero género ético
indubitavelmente vago
concluo que etéreamente
navegando em plumas quentes
e folhas brancas sujas
o destino a que me proponho
não me foge nem me acompanha
nem me procura
apenas se mantém estávelmente
distante, mas alcançável
dificil, mas atingível
impugnávelmente atroz
na hora do concreto sabor
e do paladar da vitoria
domingo, 21 de novembro de 2010
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
O rascunho de uma definição...
A estaca do meu fundamento
não desce à minha segurança
não sobe à minha superfície.
Arranho o meu próprio corpo
na minha própria subida
na minha própria ansiedade.
Não espero, porque não posso,
não aguardo, porque é ilógico,
não sossego, porque já o fiz
e não repito o mesmo inverno.
Reparo na minha intermitência.
Reparo na minha ignorância cognitiva
no que concerne ao repetitivo
oráculo mórbido, cíclico,
de esfera pouco celestial.
Ofusco prepositadamente
a luz interior que me cega
e acaricio-me violentamente
contra o meu próprio peito,
balanceio e afago o afecto
como se de uma criança se tratasse,
ou um papel, ou uma ideia, ou uma trovoada.
Hoje, um dia tive o que sempre quis...
Amanhã, tenho o que nunca tive...
O rascunho de uma definição...
não desce à minha segurança
não sobe à minha superfície.
Arranho o meu próprio corpo
na minha própria subida
na minha própria ansiedade.
Não espero, porque não posso,
não aguardo, porque é ilógico,
não sossego, porque já o fiz
e não repito o mesmo inverno.
Reparo na minha intermitência.
Reparo na minha ignorância cognitiva
no que concerne ao repetitivo
oráculo mórbido, cíclico,
de esfera pouco celestial.
Ofusco prepositadamente
a luz interior que me cega
e acaricio-me violentamente
contra o meu próprio peito,
balanceio e afago o afecto
como se de uma criança se tratasse,
ou um papel, ou uma ideia, ou uma trovoada.
Hoje, um dia tive o que sempre quis...
Amanhã, tenho o que nunca tive...
O rascunho de uma definição...
Subscrever:
Comentários (Atom)