relembro o tempo
de um passado longínquo
azedo, murcho, doente.
vejo memórias trémulas
do acre sabor da dor
e do turvo dos meus olhos.
recordo que não via,
que sentia uma realidade
distorcida e dicotómica.
as vontades não prevaleciam
e o severo quaotidiano
arrastou comigo o meu mundo.
se o tempo passa e magoa,
o tempo volta e cura.
o tempo seca as lágrimas,
dá-nos rumo
e ensina o caminho.
o tempo fortalece o espírito,
tráz calmaria e vontade.
e a vontade hoje é outra,
nova e constante.
e o tempo pode avançar
ou volver ou estagnar,
mas nunca mais trará dúvidas.
é tempo de usar o tempo a meu favor.
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
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