Puxo uma cadeira e sento-me. Recosto-me, traço a perna. Descruzo e inclino-me para a frente com os cotovelos nos joelhos e os dedos entrelaçados numa teia mental labirintica. Ouço falar à minha volta, mas não absorvo nada. Tenho consciência de que o meu olhar vazio me denuncia, mas ignoro... ponho o braço na cadeira do lado, tento disfarçar a minha viagem subconsciente e até me atrevo a entrar na conversa...
Mas o meu pensamento não está aqui... sinto-me a pairar sobre esta mesa, como se não pertencesse aqui... a pensar no que tenho, no que não tenho... no que me faz falta e no que preciso para o ter... no que me aperta o coração com saudades...
Perder, encontar, lutar... faz tudo parte de um processo de inequívoca aprendizagem, por mais atroz e penosa que seja...
terça-feira, 24 de agosto de 2010
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