domingo, 23 de maio de 2010

Rest like a stone.
No blame, no guilt.

That's how you feel, isn't it?...
Underneath the words you share are, hiding, the words you really mean...

sexta-feira, 21 de maio de 2010

O meu passo é lento,
desconcertado, pesaroso,
e nem o fumo à minha volta
ofusca a minha dor.
Atravesso os mesmos caminhos,
os mesmos tempos e momentos,
as mesmas caras
e os mesmos corpos, mas tudo é diferente.
Sóbrio, tumultuoso, fusco.
O meu passo é nervoso,
inquieto e de constante pânico.
é incerto, vão e sem futuro.
O meu passo é trémulo
como a minha mão,
o meu estomago e o meu âmago.
O meu passo é é manco,
como a minha asa,
ferida e magoada
e por isso já não voo.
O meu passo não me leva a lado algum,
apenas às voltas,
num labirinto circular e sem saída.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

My jangly walk gives me away as I vanish in the smoke of the burning of my way...
Já alguma vez sentiram um abraço quente e terno ao frio e à chuva numa noite de inverno?
Já o fizeram ao som duma música tão linda que por pouco que se mexa os pés estamos a dançar?
Já caminharam horas nessa mesma chuva, nesse mesmo frio com a vontade de chegar a um destino incerto?
Viram nos olhos de alguém um brilho que não é de lágrima, nem de sono, mas de alegria?
Viram neles o início e o futuro?
Já alguma vez passaram uma deliciosa noite num abraço que não é platónico nem carnal, mas simplesmente perfeito?
Já acrodaram no dia seguinte com uma sensação de paz e tranquilidade inigualável? Com um forrmigueiro no corpo e um turbilhão no coração?
Já se sentiram no topo do mundo achando que nada o pode abalar?
Se sim, guardem-no. Não é tão eterno quanto julgamos...

sexta-feira, 14 de maio de 2010

O tempo passa, mas é como se os ponteiros do relógio ficassem imóveis colados ao eixo... como eu. Também eu ando às voltas como os ponteiros deviam andar. Também não acerto as horas, nem os dias, nem as noites, nem os momentos.
Não quero ser um mártir, mas estou cansado de ser flagelado. A cada segundo que ouço o ponteiro avançar, sinto-o como uma farpa no meu dorso e em vez da dor passar com o tempo, agudiza-a a cada volta ao eixo. De cada vez que os ponteiros alinham, apontam a imagem que não quero mais ver...
Voltar a escrever, voltar a ter um blog é para mim como estar enterrado e conseguir brotar do chão e esticar a mão cá para fora para tentar quanto antes tornar a respirar. A vontade é grande... preciso me levantar e caminhar. Fazer-me à estrada sem destino, mas com orientação, em direcção ao horizonte... onde no fim desta noite que nunca mais acaba, onde esta estrada me levar, um dia nascerá de novo o sol, noutra madrugada, que nunca poderá ser pior que esta...
From dawn until dusk it's a long, troubled and painful road... but one day I'll see a new dawn...
Foi o fim de uma era em que dei tudo e fiquei sem nada. Acabu no vazio e ali não podia escrever mais. Por isso este novo espaço.